Benefícios da frota elétrica
- mauparoni
- 25 de ago. de 2023
- 3 min de leitura

Esses veículos ocupam um espaço reduzido nas vias urbanas além de não emitirem gases poluentes causadores do efeito estufa.
Um carro com propulsão 100% elétrica, terá custos de manutenção bem inferiores comparados aos de combustão, pois não será necessário substituir alguns itens como, filtros de óleo e ar, velas de ignição e a correia dentada também.
Ou seja, o veículo totalmente elétrico é, mecanicamente mais simples.
📷
Um estudo foi encomendado pela Anfavea e nele foi indicado alguns caminhos para a descarbonização do setor automotivo brasileiro por volta de 15 anos.
O futuro da mobilidade urbana é o elétrico. Contudo a velocidade com que isso pode acontecer depende muito de alguns fatores.
Alguns desses fatores são investimento, tecnologia, leis e incentivos fiscais além da opinião pública que tem o poder aquisitivo.
A necessidade de mudança se explica pelo fato de ser o grupo que mais polui o planeta.
Os Estados Unidos da América já vêm combatendo as emissões de gases poluentes causadores do efeito estufa desde os anos 1940, quando o ar da cidade de Los Angeles, na Califórnia, se tornava irrespirável, nos dias de inversão térmica. E, na Europa, o caso mais notório foram das chuvas ácidas que matam as florestas e os animais que vivem em rios e lagos, fenômeno verificado desde 1970. Embora hoje a degradação ambiental e suas consequências independam de fronteiras.
Com base no levantamento realizado pela empresa Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e pela consultoria americana BCG (Boston Consulting Group), EUA, Europa e China estão mudando rapidamente o perfil das suas frotas
E considerando também o período entre 2020 e 2035, nos EUA, a participação dos carros movidos a gasolina cairá de 88% para 2%. Na Europa, o mix de 42% (gasolina) e 37% (diesel) passará para 3% e 1%, respectivamente E, na China, a variação será de 86% para 0%, dos veículos movidos a gasolina.
O estudo desenhou os três cenários possíveis para o Brasil, que os nomeou de: Inercial, Convergência global e Protagonismo de biocombustíveis.
No primeiro, conforme o nome diz, a presença dos elétricos avançaria de forma mais lenta, no ritmo que se pode verificar hoje em dia, estimulado por iniciativas isoladas de empresas, entidades de fomento à tecnologia e governos regionais.
Nesse cenário, segundo o estudo, os motores a combustão continuariam dominando o mercado pelos próximos 15 anos, enquanto a eletrificação atenderia segmentos específicos.
Chegaríamos então por volta do ano de 2035 com 67% da frota composta por automóveis flex e 32% por veículos eletrificados (híbridos, híbridos plug-in, elétricos puros).
E o 1% restante seria representado por modelos diesel (considerando sempre o mercado de veículos leves).
O automóvel não é o principal causador de todo o mal, ele somado mais as atividades de agropecuária e desmatamento são os vilões da poluição.
Conforme o estudo já apontou, o maior problema para diversos países está na geração de energia para uso doméstico e industrial.
No Brasil, a maior parte das emissões de CO2, 35%, vem da atividade agropecuária (flatulência do gado e tratamento do solo com estrume, fertilizantes etc.).
Agora o desmatamento é a segunda causa, com 27% de participação. E o transporte responde por 13%, sendo que 91% do total é de origem rodoviária.
Portanto o carro movido a eletricidade, ou seja, elétrico sozinho não será a solução para o mal chamado poluição, diversas medidas somadas para redução do impacto ambiental deverão ser adotadas, para que assim consigam reverter os males causados ao meio ambiente.
Em janeiro deste ano a empresa Chinesa Great Wall Motors (GWM), anunciou a produção de veículos híbridos e elétricos, numa fábrica em Iracemápolis, no interior do Estado de São Paulo.
Será a maior operação da montadora fora do território Chinês, com uma capacidade produtiva estimada de até 100 mil veículos.
A título de curiosidade, no Brasil no início dos anos 80 a empresa Gurgel, do engenheiro paulista João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, foi a pioneira na produção em série veículos elétricos.
A criação do Itaipu E-400 pela empresa atendia um desafio proposto pela Eletrobras para renovação da sua frota. A ideia lançada pela estatal tinha o intuito de criar um veículo com a capacidade de transportar 250 quilos e viajar até 60 quilômetros por hora com a autonomia mínima de 65 quilômetros.
O modelo da empresa Gurgel tinha uma capacidade de carga de 400 quilos e tinha a autonomia de 75 quilômetros por hora.
O veículo chegou a chamar a atenção do então presidente da República da época, João Figueiredo, que encomendou o E-400 para compor a frota de companhias estatais de energia elétrica e de telefonia.
A história não nos deixa mentir e muito menos atrás de qualquer outro país, o Brasil vem se empenhando para conseguir o seu lugar com outros tantos países que buscam uma melhor qualidade para o meio ambiente.
Com muito investimento e empenho será questão de tempo para termos uma frota elétrica 100% nacional.
Comments