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Por que o preço do combustível continua variando?

  • Foto do escritor: mauparoni
    mauparoni
  • 25 de ago. de 2023
  • 3 min de leitura

O consumidor final sente diretamente o peso dos reajustes no bolso, o salário-base não sofre o reajuste da mesma forma que os bens de consumo duráveis e não duráveis.

Atualmente com base no último reajuste da Petrobras o valor do diesel ultrapassou o da gasolina e do etanol em diversos postos do país.

Considerando este fato inédito pelo Sincopetro, órgão que representa os postos de combustíveis.

Há diversos fatores responsáveis pelo aumento do combustível no Brasil e um deles é a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

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Você sabe o motivo da guerra na Ucrânia ter efeito direto no aumento da gasolina e do diesel no Brasil?

A alta dos combustíveis nos afeta por dois motivos, sendo eles:

O primeiro motivo é que a Petrobras importa o petróleo e derivados e faz o repasse dos reajustes por conta da Política de Paridade de Importação, que foi adotada em 2016.

Desta forma, o barril acabou ficando muito mais caro como resultado da guerra, além das medidas de sanções impostas pelos Estados Unidos em conjunto com a União Europeia contra o petróleo e gás que são exportados pela Rússia.

Essas sanções visam a redução da quantidade desses produtos no mercado internacional como consequência direta do aumento significativo de preços.

Como a Rússia é o segundo maior produtor e exportador de petróleo do mundo, a guerra com a Ucrânia atinge diretamente a exportação destes produtos.

No cenário nacional o Brasil produz mais petróleo do que consome, ainda assim se intitula autossuficiente.

Contudo devido ao modelo, ou seja, o tipo de petróleo que extraímos e a nossa insuficiência na capacidade de refino, ainda é necessário importar tanto petróleo cru quanto derivados como a própria gasolina.

Isso faz com que a Petrobras sinta o impacto direto de qualquer variação no valor que paga pelo petróleo no exterior, além de ter como impacto também a cotação do dólar.

Como explicamos acima, o repasse da alta ocorreu por conta da adoção do chamado preço de paridade de importação (PPI) em 2016, durante o governo de Michel Temer.

Tudo isso depende da nossa capacidade técnica de produção, os combustíveis que utilizamos no nosso dia a dia, são os produtos de uma extensa cadeia produtiva, dependendo é claro da capacidade técnica única dos profissionais e do uso de tecnologias de última geração, dando como exemplo a inteligência artificial, drones e submarinos não tripulados.

Para extrair o ouro preto que chamamos de Petróleo, é preciso ir em águas profundas, até 7 (sete) mil metros de profundidade, no leito marinho, os poços e equipamentos submarinos trazem o petróleo até a superfície.

Agora já nas plataformas, plantas industriais operam 24 horas por dia para realizar a separação do petróleo e assim poder enviá-lo para a costa, com distâncias superiores a 300 quilômetros da costa.

Chegando nas refinarias, o petróleo passa por uma série de procedimentos químicos e físicos.

As moléculas pesadas são purificadas e quebradas em partes menores, dando assim origem aos diversos produtos, como a gasolina, óleo diesel e gás liquefeito de petróleo.

Sendo vendidos para as distribuidoras, que irão revendê-los aos consumidores em postos autorizados de distribuição.

As distribuidoras de combustível compram nas refinarias a gasolina tipo “A”, atendendo o texto legal, a gasolina é vendida nos postos devendo ser misturada com Etanol Anidro.

Nos preços estão inclusos o preço de confecção da Petrobras, o custo do etanol (que é definido de maneira livre pelos seus produtores) além dos custos e margens de comercialização das distribuidoras e dos postos revendedores, assim como todos os impostos devidos.

A confecção do Diesel atende conforme preconiza a legislação brasileira.

O diesel automotivo que é vendido no Brasil deve ser misturado com biodiesel.

O biodiesel é um combustível renovável produzido a partir de óleos vegetais ou gordura animal, formando assim o óleo diesel “B”, que é revendido nos postos.

O preço que é cobrado nos postos, o consumidor pagará por impostos, parcela da Petrobras além de estar incluso também o custo da aquisição do biodiesel e os custos e margens de comercialização das distribuidoras e dos revendedores também.

O consumidor sente o impacto dos reajustes também no Gás Liquefeito de Petróleo, mais conhecido como GLP ou gás de cozinha.

Ele é adquirido pelas distribuidoras, podendo ser revendidos para o segmento industrial (a granel, utilizando caminhões-tanque) ou para o segmento comercial, para clientes, residencial e institucional sendo (a granel ou engarrafado em cilindros ou botijões).

No preço final do botijão pago pelos consumidores nos postos autorizados para revenda estão incluídos os custos e as margens de comercialização dos distribuidores e dos pontos de revenda.

Ainda teremos variações nos próximos meses, e por isso é importante ter um maior controle quanto ao gasto/consumo em nossas frotas.

Aqui no TCFLEET nós trabalhamos com soluções para Gestão de Frotas, e uma delas é direcionada ao controle de abastecimento de combustível. Para conhecer, basta acessar o nosso site e clicar em soluções.

 
 
 

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